Veja quais são as grandes mudanças tecnológicas que estão impulsionando o setor elétrico e abalando o protagonismo dos combustíveis fósseis.
Nos últimos anos, o setor elétrico passou por avanços tecnológicos significativos, com destaque para o surgimento de novas fontes de geração. À medida que se intensifica o esforço mundial pela modernização da eletricidade, combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, vão sendo rapidamente substituídos pelas fontes renováveis.
No novo cenário, o crescimento econômico de muitos países passa a não estar mais vinculado ao aumento do consumo de combustível. É a eletricidade que cada vez mais sustenta diferentes setores da sociedade: comércio, indústria e residências.
Com base no relatório do Instituto de Análise Econômica e Financeira de Energia (IEEFA em inglês), elencamos as seis principais disrupções no setor elétrico.
Eficiência energética: Gerar a mesma quantidade de energia com menos recursos naturais ou obter o mesmo serviço com menos energia, a eficiência energética tem grande potencial para impulsionar o crescimento econômico e evitar emissões de gases de efeito estufa. Apesar de 2018 ter sido o pior ano para a taxa de progresso global, com apenas 1,2%, de acordo com os dados da Agência Internacional de Energia, o cenário da última década é positivo. Mas a análise da agência mostra ser central a manutenção do mínimo de 3% para o alcance das metas globais de clima e de energia nos próximos anos.
Indústria eólica: Dados globais divulgados pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) mostram que o setor instalou 51,3 GW de nova capacidade em 2018 no mundo. Desde 2014, o mercado global de energia eólica vem instalando acima de 50 GW de nova capacidade. O Brasil destacou-se nos dados, já que foi um dos cinco mercados que mais cresceu em 2018 com 1,9 GW junto com a China (21,2 GW), os Estados Unidos (7,6 GW), a Alemanha (2,4 GW) e a Índia (2,2 GW).
Indústria solar: Ainda em um estágio embrionário em comparação com o vento, a energia solar representa cerca de 1% do mercado nacional, mas vem crescendo rápido. O Brasil ultrapassou a marca de 1 gigawatt de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica. O avanço deve-se, em boa parte, pelas resoluções 482/2012 e 687/2015 da Aneel, que possibilitaram ao consumidor gerar sua energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada, fornecendo o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.
Smart grids: As redes inteligentes de energia vêm revolucionando o mercado no mundo inteiro. São redes capazes de elevar a eficiência de todo o sistema, com resultados mais sustentáveis. Por meio de medidores eletrônicos inteligentes nas fases de transmissão e distribuição, as redes podem armazenar e controlar o fluxo de energia, monitorar o consumo, detectar falhas e acionar mecanismos para evitar interrupções. Tudo isso em tempo real.
Microgrids: Pequenas redes elétricas independentes e digitais. São habilitadas com recursos próprios de geração e de armazenamento, assim como softwares capazes de otimizar o uso da energia elétrica. Com controles inteligentes, essas redes podem avaliar e decidir sobre uma operação conectada à rede principal. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já são mais de 10 mil conexões de micro e minigeração distribuída no Brasil.
Sistemas inteligentes de armazenamento: O armazenamento está em seus estágios iniciais de adoção, mas promete grandes ganhos no setor elétrico. Traz benefícios para todo o ecossistema do mercado de energia, ao permitir que o volume gerado por uma planta renovável possa ser entregue ao sistema em momentos de maior demanda. O armazenamento inteligente contribui para a diminuição de desperdícios, traz flexibilidade para a operação e evita o congestionamento das redes, gerando segurança e estabilidade.
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